Como tenho feito a cada virada de mês desde janeiro, aqui segue mais um poema-retrato do momento.
Reina agora o humor de indignaçao com os rótulos, que muitas vezes fazemos sem pensar. Críticas sim, rótulos não!
Canção do Indefinível
(quase um rondó)
Pare onde
está!
Pode me
criticar,
mas não me
rotule.
Diga o que
pensas,
mas seja
gentil.
É muito
fácil fazer
essas
generalizações.
Difícil é
respeitar
o que é só
tentativa
de se ver no
normal
(não sou só
eu que
penso ou ajo
assim).
Maio foi o
limbo
entre o real
e o irreal,
entre o belo
e o feio,
entre o
normal e o anormal,
das crises
que sempre
renovam meu
rumo,
dos
sentimentos íntimos
que
impulsionam meu ser.
Pois venha
me criticar!
Só não me
rotule!
Seja justo,
seja gentil.
Não foi em
maio
que você me
pegou.
Nos
encontramos em junho
e por
quantos vierem
para mais
uma vez
fugir de uma
definição
daquilo que
é tão
simplesmente
indefinível
- pois aí
reside a beleza...
Pare onde
está:
se você não
me entende,
não me julgue.
Lucia Helena Sider
**Confira os outros na página 2014 poético: na real da rima