29 maio, 2014

Críticas sim, rótulos não!

Como tenho feito a cada virada de mês desde janeiro, aqui segue mais um poema-retrato do momento. 
Reina agora o humor de indignaçao com os rótulos, que muitas vezes fazemos sem pensar. Críticas sim, rótulos não!

Canção do Indefinível
(quase um rondó)

Pare onde está!
Pode me criticar,
mas não me rotule.
Diga o que pensas,
mas seja gentil.
É muito fácil fazer
essas generalizações.
Difícil é respeitar
o que é só tentativa
de se ver no normal
(não sou só eu que
penso ou ajo assim).
Maio foi o limbo
entre o real e o irreal,
entre o belo e o feio,
entre o normal e o anormal,
das crises que sempre
renovam meu rumo,
dos sentimentos íntimos
que impulsionam meu ser.
Pois venha me criticar!
Só não me rotule!
Seja justo, seja gentil.
Não foi em maio
que você me pegou.
Nos encontramos em junho
e por quantos vierem
para mais uma vez
fugir de uma definição
daquilo que é tão
simplesmente indefinível
- pois aí reside a beleza...
Pare onde está:
se você não me entende,
não me julgue.

Lucia Helena Sider

**Confira os outros na página 2014 poético: na real da rima

24 maio, 2014

A poesia de Lucia Helena Sider


"Minha poesia é uma arma
que uso para fulminar meus desejos. 
Não fosse isso, viveria angustiada           
sem saber se a vida teria sido
melhor ou mais generosa
e os desejos se transformado em fatos."


 - Lucia Helena Sider -