09 abril, 2015

Amor de sorte
(Soneto-em cinco sincopado)

E pode todo amor que eu sinto
reverter em sorte para o meu amado?
Reverter em alegria para todo o lado?
Se tudo pode e eu não minto,
quero todo o amor confiscado.

Para você, só você, meu bem,
Quero tudo o que há de belo
desse universo sem paralelo:
desejos, sonhos, ainda mais além...
Tudo pra ti, meu Rei-Sol amarelo.

Hoje sou toda em ti, meu desejo.
Quebra meu jejum de te ver.
Me diz por onde eu devo voar.

Prepara todo o nosso festejo.
Chama o mundo a nos receber.
Venha a nossa música soar.


Lucia Helena Sider
Liberdade para amar

Não te assustas do meu amor?
Não! Sei que meu amor te faz bem.
Não te inquietas com o rumor
de que amor igual ninguém tem?

Raia o dia, vou ver a aurora
e te descrevo com alegria.
Até que o dia vá embora,
capto toda a sua magia.

Valentes somos nós, meu caro,
que não economizamos no amar.
Desperto sua emoção, não é raro,
melhor falar de amor do que calar.

Nem sempre foi assim, é fato,
despertei assim que te conheci.
Eu vivia tal bicho do mato,
que guarda todo amor pra si.

Verdade, liberdade, enfim,
te ver e te amar livremente.
Você é tão bom para mim.
Com você estou tão contente.


Lucia Helena Sider