30 setembro, 2015

É só amor

Te prometi não escrever
as tuas palavras tão sagradas.
Te prometi não te idolatrar.
Mas você, meu bem,
não disse nada sobre o amor
e eu me permito todas
as licenças poéticas
pra te dizer o quanto
te quero bem.
Será que é só química
ou foi escrito nas estrelas?
Será que viajamos juntos
por outras gerações?
Nada é por acaso, você diz 
(lamento, te entreguei!).
Tudo se fez até hoje
só para esse momento feliz.
E isso é a nossa felicidade:
momentos felizes.
Mas há de qualquer forma
uma química apaixonante.
Ou como explicar
teu corpo no meu corpo
em encaixe perfeito,
Nosso beijo, nosso toque,
as mãos entrelaçadas.
Teu sono é fascinante
e somos tão à vontade
um com o outro,
que me é tão estranho
que amanhã já partirei
e só nos “veremos”
pelos próximos meses
por email, onde você
não fala tanto e eu
escrevo pelos cotovelos.
Adoro a tua voz,
Adoro as tuas histórias,
Adoro teu cuidado comigo.
Mas isso não é te idolatrar,
é só amor, ok?

Lucia Helena Sider

São Paulo, Setembro/2015

28 setembro, 2015

Super Bloody Moon

Hoje diz-se que é lua cheia,
lua cheia especial.
Super Lua, Blood Moon.
Eu que há dois dias fui brindada
com a luazinha crescente e achatada
por toda a minha viagem...
Viagens de sonhos e expectativas,
viagem de lua a brilhar.
Enfim cheguei e mais uma vez
ela me mostrou caminhos
em terras pouco exploradas.

Eis que é noite e ela está lá,
super, avermelhada (bloody?).
Crente que eu vou ver ela sumir
neste eclipse total anunciado.
Nem que eu tenha que
me esquecer de dormir,
nem que eu tenha que sonhar...
Luazinha virou lua cheia de encantos,
doces encantos que amanhã,
com você, vou coroar.
Ah, não vejo a hora de te ver!
Teremos tanto assunto
e ao mesmo tempo
falaremos tão pouco...
Super lua cheia de encantos.

Céu encoberto de mistérios.
São nuvens nefastas que
levam pra longe minha intenção.
Será, será que vai dar para ver?
Se estivesse em casa veria.
Estivesse em casa, estaria longe de ti.
Se é escolha que eu tenho que fazer,
opto por ti, meu amor,
que lua a gente vê no olhar apaixonado...
lua apaixonada eu vejo
no teu olhar super lua.
Bora lá sonhar!?

Mordida de nuvem e de eclipse,
a lua se faz bela e caprichosa.
Estará vendo você também?
Amanhã teremos tanto assunto,
mas quem vai querer conversar?
Vai sumindo aos poucos,
Ora, e não é lindo?
O sono vai chegando,
já vi o suficiente, vou feliz,
olho fechado, pensando na imagem,
e logo cai o mundo em chuva
para lavar a alma dos amores!
Eu vi! Eu vi a Super Lua!

Lucia Helena Sider
Vinhedo, Setembro/2015

25 setembro, 2015

Ainda o mesmo...

Acredito que essa foi a primeira poesia mais sensualizada que eu escrevi, num momento bem parecido com este, prestes a viajar e encontrar o meu amor.


Entrega

Quero muito te ver.
Te quero muito.
O mundo, te quero.
Você é meu professor,
meu mestre,
meu presente mais bonito,
meu saciador.
Meu corpo é todo teu,
meu prazer,
minha inspiração.
Minha vontade é toda de você
e só você me dá vontade.
Te quero, muito!
Onde, quando for.
Quero muito te ver.
Onde? Quando? Por favor!
O mundo pra você!
E eu feliz no mundo.

Lucia Helena Sider
Fortaleza (aeroporto), Dezembro/2014.


Aliás, viagem! Eu vou continuar postando na segunda e na quarta que vem, mas o horário vai ficar meio bagunçado, provavelmente pela manhã. Na sexta, dia 2, tudo volta ao normal, com postagens por volta do meio dia!

23 setembro, 2015

Meu encanto

Eu te percebo
no céu, no luar.
Eu te recebo:
vem me beijar!
Estrela a brilhar
no meu ar, encanto.
Convite a soar
o meu acalanto.
Vem você assim
tão perto de mim...

Você me faz
querer sonhar.
Teu beijo traz
prazer no ar.
Você é meu querer.
Eu te quero tanto.
Vem me oferecer
teu melhor encanto
Vem, me diga sim,
que estou tão a fim...

Lucia Helena Sider

Sobral, Setembro/2015

21 setembro, 2015

Sensual

Neste sábado vi alguns poemas mais sensuais lá no Beco. Escritos por poetisas do grupo, revelaram o amor sexual com muito bom gosto, de uma maneira que só uma mulher pode escrever. Pensei de cara: como a minha escrita ainda é ingênua e assim me propus a ousar mais nesta semana.


Entre rosas do nosso jardim

Rosa púrpura
sou eu a enrubecer
dos teus carinhos.
Lembro muito bem
dos teus afagos.
Feito mago
magicando meu corpo,
enfeitiçando meu prazer.
Rosa perfumosa
entre nossos
aromas de amor,
rubor novamente,
enfeitiçada, calor.
Teu beijo em mim
afaga as dores,
teu toque me excita.
Teu peso em mim
é a leveza do
amor crescer.
Rosa etérea
nessa ponte aérea
eu vou te ver.
Entre as rosas do
nosso jardim maravilhoso,
por quantos tipos
de rosa forem,
eu sou tua flor,
meu amor.

Lucia Helena Sider
Sobral, Setembro/2015

18 setembro, 2015

Tem pena da minha sede de te ver, 
me faz a festa, meu amor!


Florzinha de meu amor

Florzinha delicada,
vem compor meu amor.
Transforma seu ar
em aroma perfeito
com o perfume
que lhe dei.
Que chegue o dia
do nosso beijo,
beijo porta para mais.
Todos os sentidos
só ligados em
você e eu, nada mais.
Florzinha que
compõe meu amor,
não deixes ele sumir,
sem que saiba que
é muito amado.
Meu pombo dourado,
meu faisão elegante.
E eu coruja a observar
por todos os ângulos.
Beijo escaldante,
volta pro lugar
e eu aqui a mirar
meu amor, meu instante.
Florzinha chapada,
tu vens me dizer
que o amor é um
bom lugar de se viver!
Tu dás meu recado,
a meu bem, meu amado.

Lucia Helena Sider
Sobral, Setembro/2015

16 setembro, 2015

Proposição

Bom dia! (hoje excepcionalmente mais cedo). Gosto de escrever sobre o meu amor. Gosto de escrever sobre a natureza. Aqui em Sobral continua muito quente, mas o fogo que arde em mim é a chama da paixão... uhm, coisa brega isso! Kkkk...


Proposição

Vem sol, vem lua,
adiante a brilhar,
conquistar.

Meu sangue ferve.
Não é só de calor,
meu amor.

Te visse agora,
desfaleceria
de alegria.

Ferve que tanto,
tão apetitoso,
tão gostoso.

Essa é a canção
dos que amam de amor,
quão grande for.

Vem sol brilhante,
vem brilhante lua,
toda tua.

Encerro na fé
de logo te ver,
bem querer.

Pronto que foi!
Amor vem, te chamo:
amor, te amo.

Lucia Helena Sider

Sobral, Setembro/2015

14 setembro, 2015

Filó

A Filó é dessas gatas que me visitam de tempos em tempos. Traquina, mas sobretudo carinhosa. Quando está na sua casa, na Vivenda Mali, quase que não se lembra que eu existo, pois é senhora total do mato. Mas agora ela está aqui, dançando entre minhas pernas, se acarinhando em meu colo. Aproveita, Filó, que as férias são curtas! Logo a Vivenda Mali vai estar em forma e você vai reencontrar a Felicia, o Bruce, que também estão hospedados com amigos. Galera gataria! Galera gato fino!


Vivenda Mali
(Canção com palavras)

Bucólico.
Balança a rede com os pés pro ar.
Sente a brisa da serra.
Árvore, árvore, árvore.
Açude.
Chega uma gata no colo,
ronrona, morde e vai embora:
Felícia – velha conhecida.
Duas outras... parecidas,
irmãs,
brincam e se acarinham:
Jade e Yasmin.
Ainda não sei distingui-las,
então viram Jasmim.
Também é flor,
também é bucólico.
Tento pegar a Filó.
Arredia, escapa:
Ela não me ama mais
ou virou senhora do mato
e é para lá que ela vai.
Mato.
Bucólico.
Nick dorme na mesa
e dizem que Bruce está na pia do banheiro.
Ninguém os tira de lá.
Dia agitado de gato.
Passeio rápido ao galinheiro.
As galinhas e galos também tem nome.
Só me lembro da Hebe,
pomposa.
Minha memória só presta
para bichos de quatro patas,
com exceção de Jade e Yasmin,
Jasmim.
O som é forró pé de serra
e o almoço vai sair tarde.
Quem tem pressa?
Tudo vai devagar.
Mas esta vida não tem nada de besta –
Drummond não conhecia por aqui.
Chega uma hora que diverte,
pois chega um, chega outro.
O silêncio quebra.
Alegria instaurada.
Quem ousa entristecer?
Cada um tem uma história interessante
e compartilha.
Sai o cozido.
Reúne o povo em volta da mesa.
Repete uma, duas vezes,
até saciar.
Tudo muito bucólico.
Volta pra rede
com os pés pro ar.
Sente a brisa da serra.
Árvore, árvore, árvore.
Açude ao longe.
Chega um gato que
não sei mais quem é.
O sono vem fácil e sonho.
Sonho que estou no céu.
Acordo por um instante:
estou no céu mesmo.

Lucia Helena Sider

Meruoca, Fevereiro/2014.