Das coisas de Julho
Julho das internações,
julho dos encontros e desencontros.
Julho das resoluções,
julho do retorno às raízes.
Julho de descobrir tudo o que mais importa,
julho de descartar o descartável.
Em julho quase fiz loucuras,
em julho fiz o que é certo
Em julho redescobri quem eu sou
e percebi que sou o que eu me permito ser,
não necessariamente como o mundo me vê.
Em julho fui fútil, fui sábia,
em julho me provei corajosa.
Mostro minha determinação na minha pele,
mas também sou determinada no que falo e faço.
Temos que fazer, quando o que fazemos é o melhor.
Temos que silenciar, quando nos percebemos falando palavras
vazias.
Em julho perdoei os meus, e só isso já fez valer o
mês.
Mas julho foi ainda mais, pois descobri a minha
essência.
Agosto, veja só a responsabilidade...
A essência não reside na beleza exterior,
nas inteligências ou no senso de humor.
A essência está na dignidade e no poder de superação.
E foi assim que eu me encontrei...
Que de agosto em diante eu não confunda mais as coisas.
Lucia Helena Sider