31 agosto, 2015

Mais uma sobre TPM...


Cinco a sete dias antes

Ácido.
Humor ácido.
Não tem nada de anormal,
só esta ironia,
este sorriso forçado e desinteressado.
Não me force hoje,
não me peça bobagens,
não me agrida, por favor.
Também não queira me decifrar,
pois eu já sei do que se trata
e não interessa a mais ninguém.
Doce.
Doces são meus caminhos
longe daqui.
Quero me teletransportar,
mas não posso.
Não tem nada de anormal
em querer fugir,
só esta agonia,
este humor descentralizado...
Não me force hoje,
não me peça bobagens,
não me agrida, por favor.
Eu já vou melhorar,
pois sabendo do que se trata,
amanhã eu estou bem.

Lucia Helena Sider
(Agosto/2015)

Até quarta-feira!
Mais uma sobre TPM...


Cinco a sete dias antes

Ácido.
Humor ácido.
Não tem nada de anormal,
só esta ironia,
este sorriso forçado e desinteressado.
Não me force hoje,
não me peça bobagens,
não me agrida, por favor.
Também não queira me decifrar,
pois eu já sei do que se trata
e não interessa a mais ninguém.
Doce.
Doces são meus caminhos
longe daqui.
Quero me teletransportar,
mas não posso.
Não tem nada de anormal
em querer fugir,
só esta agonia,
este humor descentralizado...
Não me force hoje,
não me peça bobagens,
não me agrida, por favor.
Eu já vou melhorar,
pois sabendo do que se trata,
amanhã eu estou bem.

Lucia Helena Sider
(Agosto/2015)

Até quarta-feira!

28 agosto, 2015

Definição

Hoje não tem poesia, mas tem a definicão de como vão ser as coisas aqui no blog a partir de setembro, a partir da semana que vem.

Escrever todo dia é um exercício imaginativo. Umas vezes você está animada e escreve uma poesia nova, outras vezes você está sem criatividade e coloca uma poesia antiga, só para dizer que escreveu. Para evitar estes altos e baixos (deixando de lado os baixos, obviamente), eu decidi manter uma frequência no blog ainda razoável, mas com liberdade para o preparar um material de qualidade. Assim, decidi escrever três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas, entre 12 e 13h.

Em algum momento de setembro, eu vou divulgar mais o blog. Isso também é bom para mim, pois me disciplino e escrevo mais. Espero que o resultado agrade a todos.

Obrigada a vocês que já me seguem. Voltem sempre!

Até a próxima segunda!


Lucia Helena Sider

27 agosto, 2015

Simples canção

Chora a rua,
que boa hora,
a troça vai embora.
Bela e nua,
vem sem demora,
que a rua viva chora.

Eis meu pedido:
vem regressa!
Meu coração tem pressa.
Palavras sem sentido?
Vem já, vem, e confessa
o que a nós nos interessa.

Chora a rua,
que boa hora,
a troça que vai embora.
Bela e nua,
vem sem demora,
que a rua viva chora.

Lucia Helena Sider

Agosto/2015

26 agosto, 2015

O tempo

O tempo implacável
dá sua cara e me amarra.
Quando vi: já foi!

Item não retornável
Hora do bem, hora mal
Quando vai, já foi!

Meu tão triste fim:
- Não voltas pra mim...

Respeitar o tempo certo.
Vem de coração aberto.

Tempo não tem pressa.
Seu horário dita: é lei.
Amigo do rei.

Lucia Helena Sider

Agosto/2015

25 agosto, 2015

Uma homenagem 


Galinha de confiança

Galinhas são tão traquinas!
Não consigo pensar nas galinhas,
a não ser no filé que me vêm à mesa,
seja ele desfiado ou na grelha.
A galinha é tão boa,
que alimenta como o atum,
como o peru.
Dos três, a galinha é a mais traquina.
Nem sei qual é a cara do atum,
pois só o vejo na lata
ou no filezinho de sashimi.
Nunca vi atum num aquario,
nunca o vi no mar.
A galinha é traquina no galinheiro.
Nem imagina seu triste fim.
Ela faz amizade com o ser humano
e ele a trai com maldade.
Depois, a galinha é que é traquina.
Sei lá, fiquei triste de repente.


Lucia Helena Sider

24 agosto, 2015

Momento

Percebo que algumas pessoas se aborrecem com poesias falando de amor. Talvez porque haja carência de amor na vida das pessoas. Sei que estou numa fase especial e sei também que os momentos são efêmeros. Não busco perfeição. Busco viver o momento o máximo que ele puder me dar. Um momento vivido na intensidade é um momento perfeito. E de momentos assim, a gente vai carregando histórias de felicidade.


Momento

Vem, é hoje!
Talvez não seja amanhã.
Que seja eterno enquanto dure.
O momento é intenso quando percebido.
O momento é imenso quando vivido.
Vem, vem cá!
Fica comigo agora
antes que seja depois.
O depois pode não ser tão bom.
O depois pode ter outro tom.
Viva comigo o presente do instante.
Fica comigo agora é o bastante.
Não pense até quando,
não pense no não, esqueça o talvez.
Essa é a nossa vez!
Veja, viva!
É fato, é agora.
Vem logo, vem sem demora.

Lucia Helena Sider

Agosto/2015

21 agosto, 2015

Haicais integrados para falar de amor

Esta semana me exercitei nos haicais e nas poesias curtas. Confesso que gostei muito. Sei que só a prática vai fazer a perfeição, então o jeito é sempre escrever mais e mais (isso vale para tudo).

Tenham um ótimo fim de semana! Eu volto na segunda-feira. Segue hoje uma poesia de haicais integrados:


Refresco amor solar

Sombrinha na mão!
É o caloroso verão.
Vem do sol solar.

Castigo no chão,
glamoroso pastelão
vem no pó pisar.

Que brisa que veio
ontem com teu belo email?
Nosso amor teclar...

Meu amor sem freio,
teu constante galanteio.
Sonho amor no ar.


Lucia Helena Sider

20 agosto, 2015

Menos é mais... às vezes.

Fico pensando em algo conciso para se dizer, que ao mesmo tempo seja completo e informativo. Mas estou naqueles dias em que quero dizer mais, dizer tudo até o assunto se esgotar. Sou uma prolixa confessa, que algumas vezes consegue comunicar na síntese (pasma!). Dos haicais de ontem, que ainda carecem de mensagem, às poesias de “bobeira em poucas palavras”, alguns dizem que menos é mais.

Essa é do tempo em que eu ainda sonhava com a liberdade:


Devaneio

Estou bem em cima da árvore...
Na impotência de braços e pernas, liberdade é se deixar cair.
Pelo menos caí sozinha.

Lucia Helena Sider
São Paulo, 1991.


19 agosto, 2015

Haicais

Hoje decidi me exercitar na poesia japonesa. Tentei escrever alguns haicais observando ao máximo a estrutura do haicai clássico: três versos de cinco, sete e cinco sílabas, respectivamente, tema associado à natureza e que traz a ação para o momento presente... bem, tentei. Seguem aqui minhas bobeirinhas:


A lua

Vem, segue a lua
intenso e belo luar...
Dá pra acreditar?

Lucia Helena Sider


Brisa no bafo quente

Brisa é meu refresco
neste calor tão intenso,
meu amor solar.

Lucia Helena Sider


Estações

Haicai, chuva cai...
Cai não! verão, já se fez.
Inverno se foi.


Lucia Helena Sider

18 agosto, 2015

Ciclos

E a semana segue correndo cheia de afazeres. Tudo é pra já. Tudo é pra agora... Isso me lembra algo que escrevi há muitos anos atrás e que sempre digo novamente para os meus alunos que estão para se formar. Não só para a ocasião de uma formatura, creio sim que essas palavras servem para cada ciclo de nossa vida que se renova. Eu mesma bebo nestas palavras diversas vezes, como se não tivessem sido escritas por mim, mas por uma pessoa adulta e muito experiente... (E pensar que foi só intuição...)

Para Koguinha
(Formatura)

Penso em algo, pensamentos dormentes.
Me incomodam as coisas pendentes.
Tudo está sob controle. Hoje estou bem.
Agora é correr contra o tempo que vem.
Esforço que traz recompensa.
Renúncia que às vezes compensa.
Tudo é pra já, tudo é pra agora.
Faz o teu tempo, faz a tua hora.
Deixa a tua marca: a marca é tua!
E não se conforme com a realidade crua.
Responda por tudo sem temores
e saiba que o tempo não faz perdedores!
E saiba de uma coisa também:
ama aos teus e vá mais além.
Esteja pronta para a realização,
mas também para ter que abrir mão
daquilo que é simples vaidade
pela tão simples felicidade.

Lucia Helena Sider
São Paulo, Janeiro/1996

17 agosto, 2015

O nada

Boa tarde!! No fim de semana me propus a fazer uma pausa para reciclagem, mas na verdade a pausa foi para o nada. Nada em absoluto. Bom assim, que hoje amanheci às 4 da manhã rendendo no trabalho e animada para a vida!!

O nada

Se faz de tudo para tentar
ver um propósito,
mas como explicar o sono,
os pensamentos vagos e vazios,
o comer desleixado
e as alternadas idas entre
cama e rede?
Ontem não fiz nada!
Apague-se o dia.

Lucia Helena Sider

Sobral, 17 de agosto/2015