30 novembro, 2015

Hoje

Hoje é o dia do melhor discernimento,
dia de dar nome e vazão ao sentimento,
dia de entender quem nos fez chegar ao amor.
É o dia de fulminar os muitos afazeres,
dia de lembrar dos melhores prazeres,
dia de esquecer, mesmo por instantes, a dor.

É dia de tudo o que você quiser,
basta semear e colher.

Lucia Helena Sider
Sobral, Novembro/2015

27 novembro, 2015

Integração

Seguindo a linha das novidades, tem desafio novo para o show de talentos da confraternização da Embrapa Caprinos e Ovinos deste ano. O tema, já proposto em eventos anteriores, é a Integração. A confraternização será no dia 18 de dezembro.

Relembre uma das poesias que participaram do desafio no ano passado, sob o tema de Equidade:


Mortal sem combate

Quero construir um ser supremo,
equilibrado e sem extremo:
vamos pegar o amor cristão,
do muçulmano a determinação,
a calma essencial do zen-budista,
a sensibilidade do espiritualista,
o cuidado panteísta pelo natural,
a procura do ateu pelo racional
e a abertura ao novo do agnóstico.
Esse é o meu diagnóstico:
diversidade também no que crer,
respeito e harmonia vêm conviver.
Cada um segue seus ideais.
No fim somos todos mortais.

Lucia Helena Sider
Sobral, Setembro/2014.






25 novembro, 2015

Onde há verdade, há poesia

Hoje gostaria de compartilhar aqui no blog as boas notícias referentes ao meu livro. Já não é segredo que meu livro de estréia “Onde há verdade, há poesia” está pronto há alguns meses. Pois é, a novidade é que agora ele tem um prefácio muito bonito e generoso escrito pelo poeta e meu amigo Wellington Galvão. Também já estou em negociação com uma editora e até o fim do mês de novembro eu envio a obra para dar início ao processo de revisão, diagramação, arte da capa, etc e etc.

Estou ansiosa, mas muito feliz. Era minha meta desde o início do ano, mas parecia tão distante da realidade!

Sexta-feira tem mais novidade!

23 novembro, 2015

Tudo, tudo é amor!

Depois de duas semanas só falando de trivialidades...
Saudades também do haicai - forma gostosa de escrever.


Novamente amor
(Estruturado no haicai)

O calor é imenso,
o humor propenso ao riso.
O amor é intenso.

Te amo como tudo
aquilo que eu mais preciso.
Te amo que dói e que cura.
Tu és minha loucura.

O calor, verão.
Bom humor, solução sim.
O amor, pra você e pra mim.

Tudo, tudo é amor.

Lucia Helena Sider

Sobral, Novembro/2015

20 novembro, 2015

Leia!

Dedicado ao meu amiguinho Maurisney, que ainda está começando nas viagens fantásticas da leitura!


Leia!

Leitura é viagem,
soube disso menina,
quando via minha avó
entretida em livros religiosos.
Disso li também,
mas comecei realmente
com a adocicada
biblioteca das moças.
Evolui para o suspense
de Ágatha Christie,
que minha família achava
violento para uma “criança”
já adolescente saborear.
Nisso veio o Círculo do Livro
e li de tudo o que era bom.
O Círculo passou,
mas eu já sabia o caminho
das biografias, das literaturas
de todo o mundo,
dos livros de história.
O livro técnico teve seu apogeu
na época das faculdades,
e teve a época das partituras,
que meu tio achou loucura
eu levar para as férias,
enquanto outros brincavam
no mar e na areia.
A literatura nerd só veio mais tarde
e mais tarde ainda, a poesia,
competindo com romances
e livro de negócios
e empreendimentos.

O que vier eu leio,
mas cada livro tem seu tempo.
Não adianta forçar.
Por isso tenho uma boa reserva
de livros ainda não lidos.
Cada hora vai chegar
e vai iluminar meu espaço de leituras.

Leia, leia, desde cedo!
Leia aberto, leia escondido!
Nada é leitura perdida!
Nada é leitura proibida!

Lucia Helena Sider

Sobral, Novembro/2015

18 novembro, 2015

Ao meu amigo Deyson

Estrela

Não pare, fique em movimento!
Do contrário será alvo fácil.
Faça com amor, esse é o elemento.
Seja firme, mas seja gentil e dócil.
Quando o desânimo apertar,
lembra de alguém te dizendo:
Vai, Deyson, tua estrela brilhar,
tudo que se quer se acaba podendo!

Lucia Helena Sider

Sobral, Novembro/2015

16 novembro, 2015

Caraca, eu esqueci do post... E agora?

E agora não tem nada não. Eu já tinha mais ou menos planejado... Então, semana passada foram os temas triviais (não amor) e essa semana vai ser a semana de incentivo. Não poderia deixar de começar com o poema-verdade que escrevi para a minha grande amiga Amanda. Vá lá, na época (2013) foi um incentivo pra ela, mas hoje é ela que faz esse papel para mim
Quarta e sexta tem poemas inéditos, na mesma linha. Aguardem e cobrem!!
Uma grande semana a todos!!!



Para a Comprida de Sobral

Just a little advice

Nunca, nunca se conforme
que o fim da estória é a estabilidade,
pois é ilusão e porta para a infelicidade
e para a instalação das doenças psicossomáticas.
Mas a gente aprende errando
e observando os acertos.
Compartilhe as experiências
pois conhecimento sem troca é fútil, inútil.
Observe e aprenda a escutar o outro
e sobretudo a sua voz interior,
que pode parecer desconexa,
mas ela não diria nada que não fosse a verdade.
E para se ter noção da dimensão da verdade:
você pode saber fazer a rima,
mas sem verdade não há poesia
(e este é um poema sem rima,
mas repleto de verdade para você!).
Não há experiência perdida.
É você e só você que pode resgatar
qualquer coisa sempre que você quiser…
E por ultimo:
Não me julgue uma louca,
Sou só uma bipolar em processo criativo
(jogando com a minha fraqueza em nosso favor)

Lucia Helena Sider

Sobral, Fevereiro/2013

13 novembro, 2015

Lição de um ganso superador

Hoje nada do que parecia ser
apareceu e deu certo.
Quando se planeja,
mas um detalhe estraga tudo!
E digo tudo sem exagero...
Dias assim parecem querer dizer
que ou somos persistentes
ou nos entregamos,
ou somos resistentes
ou somos fracos.
E aí eu me lembro que tenho
um ganso do Himalaia
gravado nas costas,
que supera o limite do Everest...
Por que não eu também?
Por que não você?
E assim eu percebo
o que tenho que dizer:
“Dê a cara a bater
(porque isso é a vida),
caia quantas vezes for,
mas não deixe de se levantar.
Esteja sempre em movimento,
porque parados somos alvos fáceis.
Façamos o nosso melhor,
que no fim tudo passa,
se ainda não deu certo,
simplesmente não é o fim.”

Lucia Helena Sider
Fortaleza, Novembro/2015

11 novembro, 2015

Um pouquinho de heresia...

Quebrando o que eu disse na segunda-feira, essa é uma poesia de amor, mas de amor à estabilidade (perdoada, né?). Há mais de dez anos alcancei este "nirvana". Se alguém não sabe entender o que quer dizer "qualidade de vida", antes e depois: está aí um bom exemplo.

Geodon, me eleva!

Não nasci assim,
mas em resumo sou assim de nascença,
ou de “adolescença”.
Foi se tempo até se descobrir
que a tristeza e até a estranheza
eram aplacados por um sal:
o sal da ziprazidona.
Ah, que glória, ah, que bênção!
Viver sem culpa, viver sem dor!
E tem gente que nem pensa,
nem cogita em tomar o sal:
o sal da ziprazidona.
É o que me segura,
é o que me faz feliz
e antes disso por um triz
a vida não seria cheia de crises
e até breve.
Bem vindo o sal:
o sal da ziprazidona.
Não me deixes, sal:
meu sal da ziprazidona.

Bota uma melodia aí e canta,
canta nas alturas:
“Geodon” esteja convosco!!
Amén.

Lucia Helena Sider
Sobral, Novembro/2015