Lições do
esgotamento
(Soneto que
não saiu)
Neste exato
momento não quero fazer nada.
Ao mesmo
tempo tenho de tudo para fazer.
Providências,
trabalhos, viagem, pé na estrada,
Faço como
posso, mas nada me dá prazer.
As pernas e
os braços, ombros tão fatigados.
Não tenho
forças, mas ainda me forço ao limite.
Tudo ao
mesmo tempo, espaço-tempo congelados,
Nervos à
flor da pele, explodem como dinamite.
Este é mais
um poema, como os muitos que faço,
Mais um
sobre o enfado, a tristeza, o esgotamento.
A poetiza se
entrega, mas não perde o seu traço.
Este é o dia
de hoje, a semana, o mês, que tormento!
Esgota,
morre e ressurge como convém ao novo dia.
Sei que logo
melhoro, tenho poder de superação.
Eu sempre
vivi assim, entre a tristeza e a alegria.
Trago os
dois temperados dentro do meu coração.
O evento de
hoje é só uma lembrança de amanhã.
Supera,
esquece e apaga quando isso te aborrece.
Mas registra
a tua reação e analise-a quando sã.
Aprende que
o que hoje castiga, amanhã enobrece.
Lucia Helena
Sider
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