11 novembro, 2015

Um pouquinho de heresia...

Quebrando o que eu disse na segunda-feira, essa é uma poesia de amor, mas de amor à estabilidade (perdoada, né?). Há mais de dez anos alcancei este "nirvana". Se alguém não sabe entender o que quer dizer "qualidade de vida", antes e depois: está aí um bom exemplo.

Geodon, me eleva!

Não nasci assim,
mas em resumo sou assim de nascença,
ou de “adolescença”.
Foi se tempo até se descobrir
que a tristeza e até a estranheza
eram aplacados por um sal:
o sal da ziprazidona.
Ah, que glória, ah, que bênção!
Viver sem culpa, viver sem dor!
E tem gente que nem pensa,
nem cogita em tomar o sal:
o sal da ziprazidona.
É o que me segura,
é o que me faz feliz
e antes disso por um triz
a vida não seria cheia de crises
e até breve.
Bem vindo o sal:
o sal da ziprazidona.
Não me deixes, sal:
meu sal da ziprazidona.

Bota uma melodia aí e canta,
canta nas alturas:
“Geodon” esteja convosco!!
Amén.

Lucia Helena Sider
Sobral, Novembro/2015


Nenhum comentário:

Postar um comentário