29 janeiro, 2016

Explicação

Se escrevo, não é para agradar.
Se achou isso, estás muito enganado!
Meu escrever é um todo desabafar.
Escrevo com o coração quebrantado.

Busco íntimo a raiz das ideias.
Morde súbito o sabor da intuição.
Descrevo logo toda minha epopeia,
estremecendo tal qual premonição.

Hoje me alegra, amanhã me angustia.
Compasso perfeito, o verso sincero,
toma o lugar das tantas confusões.

Trago em mim a história, a nostalgia,
ou então brindar o momento eu quero.
Escrevo só para os meus botões.

Lucia Helena Sider

Vinhedo, janeiro/2016

Nenhum comentário:

Postar um comentário