Explicação
Se escrevo, não é para agradar.
Se achou isso, estás muito enganado!
Meu escrever é um todo desabafar.
Escrevo com o coração quebrantado.
Busco íntimo a raiz das ideias.
Morde súbito o sabor da intuição.
Descrevo logo toda minha epopeia,
estremecendo tal qual premonição.
Hoje me alegra, amanhã me angustia.
Compasso perfeito, o verso sincero,
toma o lugar das tantas confusões.
Trago em mim a história, a nostalgia,
ou então brindar o momento eu quero.
Escrevo só para os meus botões.
Lucia Helena Sider
Vinhedo, janeiro/2016
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