28 janeiro, 2016

Sem rumo ou norte

Não quero ver a verdade,
mas a verdade grita!
Assim gritam as vozes,
vozes de crítica e de intriga.
Como foi que aconteceu?
Foi de súbito? claro que não.
Já não se lembrava de nomes,
de fisionomias e de existências.
Já não se tinha controle
de funções tão vitais.
Já não eram normais
as palavras, os pensamentos,
e nem se lembra do outrora,
como ela se lembrava.
Ele vive em outro mundo,
que tem regras próprias
ditadas pelas vozes,
ora da privada, ora da TV
ou do ar condicionado.
A música soa da janela,
o computador é inocente nessa.
É preciso ver a verdade.
A verdade grita forte!
Não há rumo ou norte.
Mudou toda a sua sorte.

Lucia Helena Sider
Vinhedo, Janeiro/2016

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