Sem rumo ou norte
Não quero ver a verdade,
mas a verdade grita!
Assim gritam as vozes,
vozes de crítica e de
intriga.
Como foi que aconteceu?
Foi de súbito? claro que
não.
Já não se lembrava de
nomes,
de fisionomias e de
existências.
Já não se tinha controle
de funções tão vitais.
Já não eram normais
as palavras, os
pensamentos,
e nem se lembra do
outrora,
como ela se lembrava.
Ele vive em outro mundo,
que tem regras próprias
ditadas pelas vozes,
ora da privada, ora da TV
ou do ar condicionado.
A música soa da janela,
o computador é inocente
nessa.
É preciso ver a verdade.
A verdade grita forte!
Não há rumo ou norte.
Mudou toda a sua sorte.
Lucia Helena Sider
Vinhedo, Janeiro/2016
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